O yoga e as emoções

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Toda vez que falamos em yoga, imediatamente algumas respostas mentais surgem de acordo com as nossas crenças, conhecimento, afinidade e interesse.  Creio que a maioria associe o yoga somente às posturas, como uma prática física. No entanto, o que nem todos sabem é que o yoga pode ir muito mais além, que por meio dele podemos ‘trabalhar’ nossas emoções.

Não irei entrar na questão do que é o yoga em si, sua definição, conceito e história, pois independente da sua origem, se você o estuda, pratica ou não ,  o mais importante para este momento é entender que quando estamos atentos aos nossos pensamentos e emoções, quando fizemos escolhas a partir dessa consciência, isso também pode ser um ‘estado’ do yoga.

Emoções todos têm, sejam elas positivas ou negativas, sendo que muitas delas nos aprisionam, nos condicionam, podendo inclusive nos adoecer.

Somos como antenas receptoras e transmissoras de ‘energia’, está sempre em consonância com nossos pensamentos, e estes por sua vez, de acordo com nossos desejos, tendências, valores e limitações.

Estudos revelam que estados mentais em desequilíbrio podem levar o corpo físico adoecer, e que o inverso também é verdadeiro, que reações biológicas podem causam reações nas outras áreas do corpo, tais como: consciência, subconsciência e emoções.

Se as emoções podem ser influenciadas por reações biológicas, é neste ponto que fazemos a conexão com o yoga, tanto como ‘estado de consciência’, como na relação com as posturas – os asanas, e atitudes mentais e comportamentais.

Através da prática da yoga muitas emoções podem surgir em um indivíduo, tanto positivas como negativas, aí temos duas opções, ou podemos tentar escondê-las, ou podemos entender muito mais sobre suas origens e conseqüentemente, entendermos melhor sobre nós mesmos.

Importante também é ressaltar que por mais que se façam as mesmas posturas durante vários dias, o que sentiremos sobre o tapetinho pode ser diferente a cada prática, e esta por sua vez, nunca poderá ser considerada igual.

Alguns dias os asanas serão fáceis, outras vezes não. Isso tudo é o efeito das emoções e nosso estado de espírito. Há ligações entre o desempenho físico e estado emocional.

Se alguém está com medo, os músculos vão contrair e vai ser difícil de executar uma postura, por isso, é muito importante estar atento aos sentimentos do dia, como você ‘chega’ para praticar, uma mente tensa, poderá deixar os músculos mais tensos, ou ainda, ‘afrouxando’ um músculo, podemos ‘afrouxar’ a mente.

O yoga lentamente vai relaxar a tensão acumulada, e conseqüentemente, as emoções que estão por trás dessa tensão.

Cada pessoa internaliza suas experiências e emoções de uma forma diferente, então não podemos dizer que a dor é igual para todos, mas hoje sabemos que algumas doenças e dores possuem algo em comum, alguns padrões de pensamentos e comportamentos.

Por isso, a compaixão por si mesmo creio ser pré-requisito fundamental para levar à sua prática, perceba como está seu estado físico e emocional naquele dia, leve essa consciência para as posturas, independente da ‘evolução’ na mesma, aceite como ela se apresenta, e se organiza naquele momento, sem se apegar, respeitando o seu momento.

Praticar yoga é um tempo para começar a olhar para nós mesmos, não apenas em nossa prática de asanas, mas na vida diária. Estar atento às posturas e a respiração não são o início ou o fim do yoga, e sim o meio de se estar íntegro tanto na prática de yoga como na rotina diária.

Consciência em cada ação, as emoções estão presentes ali em todos os momentos, independente se você está praticando ou não.

O  yoga, os asanas podem ser boas ferramentas para ‘desencapar’ as emoções guardadas, são uma maneira de mover-se dentro do corpo, para conectar o corpo com a mente. ‘Ao liberar e purgar as emoções negativas, você se torna mais focado e feliz.

Yoga nos torna mais abertos, nossa consciência cresce e começamos a perceber muitas coisas. Portanto, emoções começam a se mover e vir para a superfície, por isso, vale a pena estar preparado para recebê-las com todo seu amor, libertando tudo que precisa ser liberto, acalentando o que precisa ser acalentado, transmutando o que precisa ser transmutado, e dessa forma, não deixando que nada se acumule, tanto no corpo físico como no sutil.

Por Lua Flow, 25 de abril de 2016.

 

 

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