Posso não ser ‘empoderada?’ Tem espaço pra mim?

Nosso Feminino Sagrado: Janeiro 2014:
Pensando sobre as tantas homenagens ao Dia da Mulher, sobre todas as pressões que nos cercam diariamente…Tem uma questão que também merece atenção, e essa é bem mais sutil – O empoderamento feminino. 
Se por um lado, nós mulheres,  estamos conquistando cada vez mais espaço e tendo maior representatividade numa sociedade extremamente machista e preconceituosa, por outro lado, ‘ter’ que ser uma Mulher Maravilha, para só assim termos reconhecimento, pode ser um tanto quanto ruim e massacrante para muitas mulheres.
Vejo um movimento sutil crescendo em volta da palavra ‘Empoderamento’. Fico com a sensação de que em alguns momentos e situações, esse movimento pode estar sendo desgastante, pois percebo que nem todas as mulheres querem ‘se empoderar’ da maneira como têm sido imposta.
Ter que pertencer a alguma causa, ter que ter um estilo, ter que ser multifunções, ser desenvolta, adepta disso ou daquilo, contra isso ou aquilo e levantar todas as bandeiras possíveis para ser uma mulher empoderada, não é uma tarefa fácil. Pode ser boa para mim, mas talvez não para todas.
É uma força tão sutil que vejo até em movimentos contrários ao da Mulher Maravilha, por exemplo, como em  movimentos ‘lifestyle’ , essas exigências presentes. ‘Tem que’ isso,  não pode aquilo, seja isso, mas não seja aquilo. Mas o que ambas tem em comum?  
Se empodere, seja uma mulher extraordinária!
E isso não é ruim, o problema é que parece que hoje não tem mais espaço para a mulher ‘não empoderada’ (entende-se aqui ‘não empoderada’ como aquela que quer uma vida mais simples e sem a necessidade de que até isso vire uma ‘causa lifestyle‘, mulheres sem a necessidade de serem guerreiras, excepcionais e principalmente públicas em seus movimentos), me parece que não tem mais espaço para quem  quer viver no anonimato. Até conseguem, mas com certeza causam certa estranheza e  sempre haverá algum tipo de cobrança ou desconfiança. 
 
Não sou esse tipo de mulher simples e desapegada, até me considero ‘bem empoderada’ por sinal,  estou  longe de conseguir viver no anonimato, mas não me gabo por isso, queria talvez até ser essa pessoa, e consequentemente mais livre. 
Também é legal esclarecer que adoro esse ‘empoderamento’, só acho que não precisa ser imposto a todo custo e a todos, acho que podemos ter a liberdade de escolher se queremos ou não sermos pessoas ‘empoderadas’, isso vale tanto para homens  como para mulheres e esse é o  principal foco desta reflexão: A liberdade de escolha  X  ‘Status empoderado’
‘Ter’ que ser uma mulher extraordinariamente empoderada não é fácil, e vejo muitas mulheres se esforçando para isso e indo contra a sua própria natureza, como se não fossem (valessem) nada se não forem esse tipo de mulher. Tudo isso porque o empoderamento que tenho visto  está muito mais atrelado a um estilo de vida, a um ‘status’.
Hoje você tem que comer assim, não pode comer assado, tem que agir assim, fazer isso, aquilo, lutar por isso ou lutar por aquilo,  usar cabelo assim e não fazer assado, postar isso, comparecer naquilo, até mesmo dentro dos ‘grupos de empoderamento’.
Obviamente essa reflexão não é contra o empoderamento e seu verdadeiro significado, mas é uma chamada de atenção para uma reflexão mais profunda, sobre mais uma das pressões que envolvem as mulheres, que não são poucas, para que o ‘se empoderar’ seja algo gentil e no tempo de cada mulher, e também somente se ela quiser.
Não precisar tem que se empoderar para aqui estar e ser respeitada é o verdadeiro empoderamento.
 
#livreescolha 
(Imagem: Pinterest)

Menstruação e Mindfulness? I am this blood. This blood is me.

menstruacao
O que eu aprendi com atenção plena em meu período menstrual?
Mindfulness na menstruação? 
Sim, apesar da palavra Mindfulness ser a queridinha do momento, e sua pratica ser relativamente simples,  ela  é um desafio para muita gente.
Praticar Mindfulness no período menstrual então, pode parecer algo ainda mais distante, e já te digo de ‘ante mão’, que também é algo simples, ou seja, você vai ver que não existem
fórmulas complexas,  mas assim como o Mindfulness, existe um longo caminho entre teoria e a prática, especialmente para quem estiver um pouco ‘desconectada, distraída’ de si mesma.
Não é novidade para nenhuma de nós que o período menstrual é um momento que merece muita atenção, e mais do que isso, que pode ser inclusive um momento tenso, ou uma oportunidade para se conhecer melhor, um momento de autoconhecimento.
Sabemos que nossos ciclos podem ter um Universo de diferenças, onde cada uma de nós guarda pra si suas próprias experiências. Mas, independente do que nos diferencia ou distancia, hoje quero focar no que pode nos aproximar, no que podemos trocar como experiência.
❤ ❤ Vamos falar de atenção plena na menstruação.<3 ❤ 
Sendo assim,  vou começar do momento presente, hoje.
Hoje é um daqueles dias que o sangue veio com tudo, na sua máxima intensidade. E olha só que beleza, até esse momento (segundo dia do ciclo) eu havia sentido apenas que ele estava a caminho por conta de um leve desconforto, um pouco do inchaço, e também por estar um pouco irritada (mas num nível bem fácil de administrar).
Justamente hoje, dia da ‘sangueira’, o que mais senti vontade de fazer por mim foi me libertar de alguma forma, de me desprender, alongar, mexer meu corpo… Pegar um Sol no rosto e ir para perto da natureza….Me senti segura e empoderada.
Parece balela? Mas não é, sou ‘ gente como a gente’, buscando por uma vida mais equilibrada mesmo em meio a situações nem tanto equilibradas assim. Então, justamente hoje, me lembrei que esse não foi o primeiro ciclo que me senti assim e que aliás, faz muitos ciclos que tenho ficado  bem,  que nem lembro mais a última vez que fiquei mal no período menstrual.
Como isso?
Me ‘exercitando’ no simples, trabalhando no simples….Mindfulness….Eis que chega o momento que você passa a ‘ser’ o simples, e não precisa mais nem ao menos pensar sobre, literalmente, consegue seguir o fluxo.
Sem fórmula mágica, deixo aqui um registro do que seria ‘exercitar’ o simples e o que é Mindfulness na Menstruação. O quanto você tem se permitido ao ‘simples’? Quer tentar?
Seguem alguma ‘dicas’:
1. Tenha consciência do seu ciclo: busque fazer um acompanhamento do seu ciclo, não só para saber o dia que começou e terminou, mas se observe desde o início, desde os momentos que os sintomas do período pré menstrual deram seus primeiros sinais. Observe suas variações de humor, suas preferências, o seu ritmo, a intensidade do fluxo, a cor, sua vontade por comer determinados alimentos e as reações físicas, como seu corpo vai reagindo.
Se descobrirmos que o nosso humor piora em relação ao nosso ciclo, podemos conscientemente cuidar dos pensamentos negativos ou crenças que vêm com ele.
Para isso, você pode fazer um diário do seu ciclo, mês a mês, e dessa forma ir percebendo o que se repete todo mês, as tendências e padrões. Ou ainda, contar com alguns aplicativos que auxiliam nesse acompanhamento.
Eu conheço o Clue e o Love Cycles.
2. Trabalhe a empatia em si mesma e no outro: fale com espontaneidade sobre o seu ciclo com o seu parceiro(a) ou quem ‘viverá’ o  ciclo com você. Partindo do pressuposto que você já sabe como o ciclo influencia no seu humor, nas suas emoções e como ele se comporta, ou ainda que não saiba e está na fase de perceber suas reações, permita ao outro (a quem possa valer a pena) de saber a melhor forma de te ajudar nesse momento.Busquem juntos a melhor forma de se comunicarem com base no respeito e no exercício da empatia, para evitar situações comuns como  um se sentindo ‘odiado’ e o outro se sentindo abandonado.
Diga o que você está sentindo.
3. Pratique a atenção plena: quando estamos atentas a como estamos nos sentindo, podemos expressar esses sentimentos de uma forma mais clara, e dessa forma, teremos mais clareza para separar o que é por exemplo, uma irritação proveniente do estágio do meu ciclo, ou o que está de fato me incomodando relacionado a fatores externos.
Por isso, naquele momento em que se sentir extremamente irritada,  triste ou ansiosa demais, esse é o momento para parar….Fechar  os olhos e se concentrar por um minuto na sua respiração.
Após esse minuto (que pode ser de apenas alguns segundos..rss), pare e reflita sobre o que você sente, e faça para si mesma a pergunta: O que estou sentindo agora? Qual a origem desse pensamento ou comportamento negativo?
Dessa forma, você estará mais consciente e, possivelmente, fará melhores escolhas.

Estará sendo honesta e amorosa com você mesma e com os outros, sem estar simplesmente reagindo à sintomas e desconfortos, estará também se relacionando com suas próprias emoções, o que é muito bom, sem tentar escondê-las ou negá-las.

4. E na hora de dormir?

Mais um pouquinho  de atenção plena na respiração, ou melhor ainda, se for confortável para você, fazer uma meditação antes de dormir.

Sentada ou deitada, focada na respiração ou meditando, o ‘remedinho’ é simples (afinal essa é a chave do Mindfulness), tirar o foco da agitação externa e voltar o foco para dentro de si. Muitos estudam comprovam que práticas de meditação atuam diretamente na redução das respostas do estresse, ou seja, que a meditação ajuda na regulação do seu estado físico e emocional, e assim sendo, sintomas como insônia e ansiedade vão se reduzindo na mesma proporção da sua prática. Também uma ‘mente que medita’ tem menos pensamentos vagos, a sua concentração aumenta, e dessa forma você tem um acesso mais rápido ao relaxamento, contribuindo para uma noite bem dormida e aliviando os sintomas de dor e desconforto.

5. Deixe fluir, toque, sinta, mas não prenda!

Quando puder estar deitada, sem interferências externas, tenha um momento para se conectar com o seu fluxo.O toque  e a mentalização juntos tem um poder  mágico, por isso,  coloque suas mãos sobre o baixo ventre, respire fundo, visualize a sua pélvis, o seu ciclo… E como um rio que precisa seguir o seu fluxo, simplesmente o deixe ir, sorria internamente para ele, deixe que ele leve junto todas as  impurezas físicas e emocionais.

Mentalize tudo que você quer que vá embora, imagine seu corpo  liberando  toxinas através do seu fluxo,liberando pensamentos e emoções negativas.

6. Atenção plena na alimentação, muita atenção nessa hora!

Normalmente durante o período menstrual os  alimentos que  queremos comer  são ricos em açúcar, sal, gordura ou carboidratos. Isto não é propriamente um problema, a menos que exagere.

A questão aqui tem mais a ver com o que nos motiva a comer. Se for por uma situação esporádica, por exemplo,  estava em algum lugar e alguém ofereceu uma sobremesa, ou até mesmo passou em frente a um pãozinho quentinho e sentiu vontade de comer, até aí tudo bem. O problema é quando não estamos atentas a que de fato estamos sentindo, e aí simplesmente por uma reação emotiva e impulsiva, recorremos a um alimento específico,  na tentativa ilusória de resolver rapidamente aquela sensação.

O que é uma ilusão, pois a verdade é que além de não resolvermos, corremos o sério risco de adquirir mais um sentimento negativo, agora de culpa e vergonha por ter agido de forma tão impulsiva.

Então, fique atenta a origem da sua fome, independente do período menstrual ou não.

Período Menstrual e o Ayurveda

Retirei do site Abertamente.com,  dicas da Drª. Ananda Ruguê de Faria, de como aliviar os sintomas da TPM através de receitas da medicina ayurvédica, uma excelente forma de você adquirir novos e maravilhosos hábitos para a sua vida, especialmente para esse período. Vamos lá:

  • Para cólicas pré-menstruais ou durante o período menstruais: chás de erva doce com camomila, de funcho ou mentrasto (Ageratum conyzoides – pode ser comprado em lojas de produtos naturais) ajudam bastante se tomados de 2 a 3 vezes no dia. Colocar bolsa de água morna na região de baixo ventre também ajuda a arrefecer as cólicas.
  • Para dores de cabeça, os chás também são recomendados. Uma mistura de chá feito com rodelas de gengibre e camomila pode diminuir esses sintomas
  • Se o que incomoda é o inchaço, torre levemente em uma frigideira, sem nenhuma oleosidade, 1 colher de sopa de sementes de cominho com 1 colher de sopa de sementes de coentro e depois deixe esta mistura ferver por 2 minutos em 200 ml de água. Coe, espere esfriar um pouco e tome 2 vezes ao dia para um efeito diurético moderado.
  • Se os problemas forem de mudanças de humor, irritação, choro fácil ou ansiedade, existem técnicas de relaxamento que podem ajudar. Sente em um local confortável, com postura ereta e faça respirações profundas, procurando acalmar cada vez mais o fluxo respiratório e consequentemente a mente. Fique nesta postura pelo tempo que achar necessário.

‘Técnicas do Yoga como a pratica do mulabandha (contração e relaxamento do esfíncter anal) podem ajudar, já que trazem sensação de estabilidade e “aterramento”. Faça 5 minutos deste exercício, 3 vezes ao dia.

Por ultimo, não encare o período pré-menstrual ou a menstruação como um conjunto de eventos anormais, incômodos e patológicos.

Estes eventos são fisiológicos, naturais e fazem parte de um ciclo natural da mulher. Aproveite o período como uma oportunidade de renovação e de autoconhecimento!!!’

“I am this blood. This blood is me.”

Por Lua Flow, 26 de setembro de 2016.

Imagem: Pinterest

‘Ouvi dizer’ que a meditação é legal, é ‘não pensar’…Mas não é a minha ‘religião’…e ‘não consigo’ ficar parado. Será? Melhor se informar.

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Antes de falar um pouco sobre a meditação, acho importante ressaltar que resolvi fazer esse texto para tentar simplificar e desmistificar a ideia que a maioria das pessoas tem em relação à meditação. Sendo assim, se você já é um estudioso do assunto, um praticante assíduo, ou até um cientista, talvez esse texto não seja para você, mesmo assim, fica o convite!

Quando falamos sobre meditação com quem desconhece e/ou nunca praticou, já no primeiro momento podemos prever três situações bem comuns, como: uma pré-definição do que seria a meditação, com base no ‘ouvi dizer que’, depois percebe-se um certo receio em querer se informar mais,com medo de  estar ‘aceitando’ uma filosofia ou religião que não lhe pertence. E, por fim,  uma certeza que sua condição física e/ou emocional não lhe permite praticar a meditação, pois não consegue parar quieto, não consegue ‘não pensar’, e que a prática dá muito sono.

Então,vamos por partes, esclarecer cada uma dessas questões, de maneira prática e direta.

  1. ‘Meditação é não pensar’: uma frase bem comum de se escutar a respeito da definição de meditação, por muito tempo, também me apropriei dessa definição, que me parecia bem confortável para significar a meditação. Até começar a estudar e praticar, e então ver que essa definição não chega nem perto do que realmente é como prática, e muito menos como conceito.

Primeiro que, essa condição de não pensar, não existe. Pensar é algo inerente ao ser humano vivo e com saúde. Durante a meditação não é que você não pensa, a questão é que você não se apega aos pensamentos. Obviamente os pensamentos irão chegar e sua mente condicionada irá querer dar consistência , e ainda, junto com eles chegarão os julgamentos, a materialização, as emoções, e inclusive,  outros pensamentos decorrentes desse primeiro, fruto do seu apego, da vontade de querer controlar. Portanto, na meditação você continua pensando, a diferença é que você procura não julgar, não ‘alimentar’ os pensamentos. Da mesma forma que eles chegam (‘do nada’), é preciso soltá-los, não precisa refletir sobre eles. Simplesmente, deixe o ir e vir fluído, até que você não perceba mais essa movimentação mental.

  1. ‘Não é da minha religião’: os primeiros registros sobre meditação são de aproximadamente 4.800 a.C., encontrados nos livros sagrados da Índia, no entanto, não é uma prática de exclusividade da Índia. Estou falando de registros da prática de meditação e não sobre exclusividade ou interdependência da prática com os lugares, crenças e religiões. Inclusive, acredita-se que a meditação é praticada há milhares de anos por diferentes povos, em diferentes culturas e religiões do mundo inteiro, inclusive dentro do Cristianismo e do próprio catolicismo.

Cito isso já que a maioria em nosso país se considera adepto praticante ou não dessas religiões, ou seja, muito embora os primeiros registros sejam indianos, a prática é milenar e difundida em todo mundo, na presença ou ausência de religião.

Como que encontramos a meditação inserida em várias religiões e não se trata de um culto religioso?

Isso mesmo, apesar de fazer parte de algumas práticas religiosas, a meditação é uma prática independente e sólida por ela mesma, pois é uma prática de introspecção, uma prática que te convida a voltar à atenção para dentro de si, para desenvolver o autoconhecimento, para ajudar na compreensão de si mesmo, independente de qualquer crença ou religião. Tirar o foco do externo e se voltar para a o interno.

Portanto, você pode meditar tranqüilo, sem achar que está fazendo alguma prática religiosa, se isso for um impedimento para você.

 

  1. ‘Eu não consigo meditar, sou muito agitado, não consigo ficar parado sem fazer nada!’.

Olha, com toda certeza do mundo, o que eu mais posso afirmar, com meu humilde conhecimento em meditação é que ela ‘serve’ principalmente para as pessoas mais agitadas!

Sempre fui uma pessoa agitada, com muitas tarefas no meu dia a dia, e ainda com uma personalidade que não nunca me permitiu  ter poucos pensamentos na cabeça, a ‘mil por hora’, uma mente extremamente criativa que está sempre pensando em algo para fazer, criar, estudar, trabalhar. E, assim sendo, às vezes sofro com a ansiedade decorrente desses processos.

 

Ainda que pratique yoga há alguns anos, que consiga através do yoga achar um ponto de equilíbrio onde realmente me encontro com minha essência, foi com a meditação que aprendi a realmente ‘aquietar’ a mente, silenciar meus pensamentos, e desfrutar de sensações de profunda calma, sem precisar de um movimento externo, uma prática física ou uma atividade para aliviar as tensões.

Então, meditar serve inclusive para você, que é agitado ou não, uma oportunidade de experimentar o outro lado, o lado do silêncio interno, da calma, da clareza e da lucidez que uma mente agitada não permite.

No começo, mas bem no comecinho mesmo, vai ser um pouco difícil, a ansiedade de querer encontrar o fim, de controlar, de ter um resultado, ter uma experiência fenomenal, irão tomar conta…Mas não desanime, uma semana de tentativas diárias já será o suficiente para começar a experimentar os benefícios da prática.

Por falar em benefício, então vamos enfim para as duas questões mais importantes, o que é meditação e porque você deve praticar.

 

Enfim, o que é meditação?

A meditação é uma prática que através de uma técnica ou do conjunto de técnicas (de respiração, ou de visualização, de canto, de oração, entre outras.), busca treinar a focalização da atenção, ou seja, treinar a estar presente no momento presente.

Aí está o segredo! Você não precisa necessariamente estar meditando para estar focado no momento presente, ou seja, isso lhe dá uma liberdade enorme em relação à meditação, pois você pode estar fazendo uma atividade qualquer e ao mesmo tempo estar experimentando um estado meditativo, de atenção plena.

Mas entenda que existe essa diferença entre a prática de estar focado em algo e a prática da meditação em si. Uma coisa é você se propor a meditar, fazendo uma meditação ‘tradicional’, outra coisa é você entrar num estado meditativo. São situações diferentes, mas que em menor grau, levam a lugares parecidos e proporcionam benefícios comuns.

Existem vários tipos de meditação, uma rápida pesquisa na Internet e você encontrará uma lista bem grande, umas que se assemelham, outras como prática complementar de alguma terapia ou culto, e outras  como protagonistas. É até interessante que você faça essa busca, experimente práticas diferentes e veja qual mais se identifica.

E os benefícios?

São tantos que precisaria de um texto só para explicar os benefícios da meditação. Por isso, sugiro que você se aprofunde um pouco mais  neste assunto, buscando  artigos relacionados.

Para começar, listei aqui alguns destes benefícios, creio que já são motivos mais do que suficientes para começar a meditar hoje!

Inspire-se, mude, faça o novo para ter novos resultados.

  • Diminui qualquer tensão relacionada com a dor, como dores de cabeça, enxaquecas, úlcera,  dores musculares, problemas nas articulações e câncer;
  • Aumenta a produção de serotonina, melhorando o humor e o comportamento.
  • A serotonina é um neurotransmissor importantíssimo para nosso cérebro, é ela que faz a comunicação dos neurônios, responsável inclusive pela regulação do sono, pelos estados de humor e inclusive, pela sensação de saciedade;
  • Melhora e fortalece o sistema nervoso e o sistema imunológico.
  • Retarda o envelhecimento do cérebro;
  • Aumentar a estabilidade emocional;
  • Diminuição da insônia e depressão;
  • Aumento de bem-estar e autoestima;
  • Estímulo da criatividade, inteligência e memória;
  • Desenvolve a intuição e aumenta a sensibilidade;
  • Ganhar mais clareza e paz na mente para fazer escolhas mais assertivas;
  • Aguça a mente através do aumento da concentração e ganho de foco;
  • Proporciona os mesmos benefícios do relaxamento profundo;
  • Regula a pressão sanguínea – muito importante para proteger de problemas cardíacos, entre outros;
  • Reduz o estresse e a ansiedade;

 

“Entre tarefas, em momentos de stress no trabalho, nos estudos, entre amigos e desafetos, em casa, no trânsito, lembre-se apenas de endireitar a coluna e respirar conscientemente. Perceba suas emoções e batimentos cardíacos. Relaxe, sorria. Tudo é passageiro. Aprenda a estar presente no instante e a agir da maneira correta para transformar o que não estiver em equilíbrio. Lembre-se: apenas reagir não transforma.

Monja Coen

 

Como meditar?

De uma maneira  simples, abaixo sugiro um passo a passo  para iniciar a prática de meditação.

Depois de ter iniciado e a experiência de algumas práticas,  você verá que não existe uma fórmula exata, que  pode praticar em qualquer lugar e que os ‘recursos’,são cada vez menos necessários:

 

  1. Encontre um lugar apropriado, de preferência livre de ruídos, agitação e que você possa se sentir seguro;
  2. É importante que você além de estar num lugar apropriado, esteja em condição apropriada para que não passe frio, nem calor, não haja nenhuma fator externo ou climático que provoque qualquer tipo de desconforto. Depois essa exigência vai diminuindo com o tempo, existe uma prática que se faz embaixo da cachoeira, na água fria.
  3. Sente-se numa postura confortável, pode ser até numa cadeira, assim praticavam os egípcios.
  4. Agora você escolhe, ou programa o relógio para após 1, 2 ,3, 5, 10, 30 minutos, despertar, ou medita sincronizado com a duração de uma música.

O importante é se entregar e desapegar, por isso o relógio no início pode ajudar, pois caso contrário você poderá ficar ansioso com o tempo.

  1. Feche seus olhos, apóie as mãos sobre os joelhos ou uma mão sobre a outra em frente ao baixo ventre. Fique com a coluna ereta, o queijo paralelo ao chão, nem empinado pra cima e nem para baixo. O maxilar solto, os dentes não se encostam, a língua está solta na boca ou a ponta da língua tocando o céu da boca. Os lábios podem estar entreabertos. Os olhos fechado, mas sem apertar. Os músculos da face estão relaxados.
  2. Respire fundo e comece, sem pretensão, sem controle, sem julgamento, simplesmente comece, prestando atenção na respiração, no ar que sobe, que entra e no ar que desce, sai….só isso, ou tudo isso.

Uma dica: comece com 5 minutos por dia, durante uma semana, depois na segunda e na terceira semana, tente 10 minutos, depois aumente o tempo gradativamente. Mas,  isso não é uma condição essencial, o mais importante é a qualidade, se quiser ficar nos 5 minutos diários, tudo bem, esse será o seu caminho, com certeza íntegro e coerente com a sua essência.

Boa prática!

 

Ilustração: Blog Ana Oliveira

Autoconhecimento. Por que perco a motivação?

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Quando buscamos o caminho do autoconhecimento sabemos que não será uma tarefa fácil, que precisaremos ter disciplina e muita força de vontade para não desanimar no meio do caminho quando os desafios começarem a surgir.

Que desafios são esses?

Bem, a começar pela própria disciplina, ou seja, não é porque estamos tratando de algo relacionado aos nossos pensamentos, emoções e até espiritualidade, que não se faça necessário ter disciplina. A disciplina no processo de autoconhecimento é o principal compromisso que assumimos, um ato de comprometimento com você mesmo,  uma postura de fidelidade com o processo, que independente de como seja, você estará lá com muita compaixão e verdade para ajudar a si mesmo a superar as dificuldades.

No processo de autoconhecimento, somos ‘convidados’ a olhar para dentro de nós mesmos, e isso implica em reconhecer sentimentos e pensamentos, sejam ele bons ou ruins, identificar nossos aspectos positivos e também nossos fracassos e limitações.

Sendo assim, é natural que já logo no início, quando começam os primeiros enfrentamentos, ou seja, quando começamos a ‘mexer’ em tudo que está guardado lá dentro, que surjam sentimentos de desânimo e descrença, uma maneira inconsciente de auto sabotagem .

Caímos em armadilhas criadas por nós mesmos, aí começa a fase de justificativas, é a falta de tempo, é o método que não funciona, é o psicólogo, o terapeuta, a distância, o chefe, os filhos. Isso ocorre porque, apesar da vontade eminente e o desejo latente de mudar, nosso inconsciente ainda não nos permitiu mudar.

Muita vezes, o medo da mudança é maior que a força para mudar. A mudança envolve rever padrões de pensamentos e comportamento, e isso é muito difícil, pois implica em mudanças profundas como em adquirir novos hábitos e cultivar novos pensamentos. Mas  e se nós nos viciamos neles? Nos apoiamos em nosso pensamentos, nos justificamos nesses velhos padrões, ainda que alguns deles não nos façam bem, por isso é um grande desafio ir de encontro aos ‘enfrentamentos’. Será sempre mais fácil em lidar com os mesmos ‘problemas’, já tão conhecidos por nós, do que deixar o novo entrar, afinal, nosso cérebro foi treinado desde de criança a não aceitarmos nada de estranhos.

Dificilmente percebemos que nos auto-sabotamos, que preferimos ficar na ilusão a ter que ir de encontro com nosso ‘problema’ raiz, de ter que mudar.

A auto-ilusão, responsabilizar o outro pelo desânimo do seu processo de autoconhecimento, é um jogo da mente que busca uma solução imediata para o primeiro conflito que surgiu, ou seja, dar uma resposta imediata para impedir uma mudança, pois essa é muito ameaçadora, implicará em realinhamentos e ajustes que dependerá de muito esforço e dedicação. É mais fácil se iludir, justificar e continuar se amparando em desculpas.

Não queremos pensar naquilo que sentimos, é muito difícil lidar com a auto-imagem. No entanto uma coisa é certa: tudo que ignoramos sobre nossos pensamentos e sentimentos, cresce silenciosamente dentro de nós e uma hora será tão forte e grande suficiente para transbordar, quer você queira ou não, isso de alguma forma virá a tona.

Portanto, é essa auto-imagem que determinará uma parte do nosso destino, se queremos, se sentimos a necessidade de querer mudar algo, o momento é o agora.

Então, sabendo de tudo isso, não podemos cair na armadilha de auto sabotagem, podemos tentar , ao menos tentar percorrer esse novo caminho, com entrega e disciplina, e quando o desânimo ou a falta de motivação surgir, fuja das artimanhas e mantenha o foco no seu propósito.

Para ajudar a recuperar a motivação, tenha em mente algumas questões bem importantes, são elas:

  1. Não há ‘fim do jogo’: problemas e situações a resolver fazem parte da vida de todas as pessoas, o estresse não é ruim, é ele que nos impulsiona a nos motiva em mantermos em nossas atividades. Só precisamos aprender o momento que podemos ‘apertar o botão’ para desligá-lo. Você não precisa estar em estado ‘atento e alerto’ em tempo integral, nem ao menos excitado, o que você precisa é de uma mente tranquila e desperta para ter clareza na hora de tomar decisões. Então, não ache que para ser feliz, você precise eliminar todos os seus problemas, eles fazem parte da sua evolução, acredite, você precisa deles, até para poder transmutá-los.

(….) A motivação, portanto, assume uma roupagem diferente. Não se trata mais de achar uma técnica para se manter sempre excitado e instigado para fazer o que precisa ser feito. Trata-se de aprender a gerenciar o próprio corpo para executar aquilo que você acha importante. Não uma busca pontual, mas uma postura contínua. (…)

2. Outra coisa importante é entender a diferença entre motivação e inspiração: a inspiração é pontual e passageira, logo que passa a inspiração você volta ao estado inicial, enquanto que a motivação, é um conjunto de fatores que interagem para determinar a conduta de uma pessoa.

Motivar-se significa primeiramente compreender o  todo, o caminho a se percorrer e os objetivos a serem atingidos, após isso, relacionamos os objetivos com AÇÕES diárias para atingi-los a curto, médio e longo prazo, uma maneira de impedir a procrastinação, um dos empecilhos do processo de autoconhecimento.

3. Liste seus desejos e depois escreva os motivos para querer realizá-los, essa lista será a sua INSPIRAÇÃO, mas se você definir ações práticas e diárias para ir realizando um a um, essa lista passara ser a sua MOTIVAÇÃO.

Após fazer essa lista, é importante estar atento aos sinais de procrastinação, ou seja, se começou a adiar as tarefas, talvez seja o momento de reavaliar o desejo. Se realizar alguma ‘tarefa’ da sua lista não lhe pareceu interessante e você pensou em adiá-la, muita atenção nesse momento, pode ser que a motivação não seja uma prioridade como você imaginava, pode ser que aquele desejo não seja mais tão ‘desejado’, mas se não for nada disso e você reforçar o seu interesse em obter resultados naquela questão, então é o momento que começou a auto sabotagem, e o medo de mudar ficou mais forte que o desejo de mudança.

4. Seja ousado, mas com pés nos chão: a procrastinação também pode estar associada ao grau de dificuldade das metas, ou seja, seja realista, estabeleça atividades, metas e objetivos que estejam dentro das suas possibilidades de realização. Lembre-se que esses fatores ‘limitantes’ podem ser passageiros, hoje você pode ir até “X”, mas pode ser que amanhã você já consiga ir até “Y”, o importante é o que os primeiros passos sejam dados e com muita firmeza e propósito.

5. Não jogue tudo no mesmo cesto! Não seria justo você se frustrar  por conta de uma determinada área  e por isso acreditar que essa frustração se atribui a você como um todo. Separe as áreas da sua vida, sem vitimização, seja prático e defina para cada área os aspectos que gostaria de aumentar o foco e melhorar, para cada área tenha em mente suas realizações, condicionantes e objetivos a serem alcançados.

Depois tente avaliar quais as possíveis associações entre as diferentes áreas da sua vida, ou seja, de repente aquela frustração no trabalho esteja interferindo diretamente na relação afetiva. Mas, isso não quer dizer que você precise solucionar a questão profissional primeiro para poder viver bem em seu relacionamento, por isso, é tão importante ‘setorizar’ os problemas e não jogá-los tudo no mesmo cesto. Talvez  seja o momento para fazer justamente o contrário, abastecer a relação de amor, resgatar o relacionamento, e com isso você se sentirá mais segura e encorajada  para tomar as melhores decisões profissionais.

6. Por fim, seja realista, o quanto você está disposto a mudar? O quanto você está disposto a criar novos hábitos, a sair do seu comodismo e partir diariamente para ações concretas em prol dos seus objetivos?

Existe um princípio minimalista  que sugere que para cada novo hábito é preciso jogar um velho hábito fora, ou seja, não adianta querer que o novo entre sem me desapegar do velho que não me faz bem, e enquanto eu continuar insistindo em querer manter os velhos hábitos, a chance de fracassar em meus objetivos  caminhará comigo assim como meu desejo de mudança.

Então, sejamos práticos e objetivos, liste os novos hábitos a serem adquiridos e liste aqueles que você quer mandar ir embora de uma vez por todas.

Por fim, trouxe uma lista que tirei uma matéria sobre mudança e motivação que resume tudo isso que foi abordado nesse texto, para  você  não desistir  diante de algum desânimo e falta de INSPIRAÇÃO. Lembre-se, mais do que inspiração, você tem MOTIVAÇÕES, e são elas as responsáveis pela sua mudança, ao outro cabe apenas o aconselhamento, o apoio e as facilitações, a você cabe a verdadeira e profunda mudança.

  1. Inspiração e Motivação são coisas diferentes.
  2. Crie rotinas e hábitos que lhe ajudem em seu autocontrole, não pense que somente a força de vontade basta.
  3. Escreva as razões que tornam suas metas realmente importantes.
  4. Observe a procrastinação como um sinal, e não um problema.
  5. Seja realista, não crie planos que você não conseguirá atingir.
  6. Dificulte a autossabotagem, segmente as áreas de sua vida .
  7. Pague o preço de suas metas, pague pra ver!
  8. Lembre-se que dias ruins acontecem, não faça nada impulsivamente, deixa que cheguem, viva o momento, mas saiba a hora de libertá-lo, deixe-o ir embora.

“Temos de nos tornar na mudança que queremos ver.” Gandhi

Por Lua Flow, 05 de julho de 2016.

 

 

 

Fonte: estrategistas.com

O alimento como remédio natural.

alimentação
De acordo com a Ayurveda, medicina indiana milenar, que trata da prevenção e da promoção da saúde, mais importante do que atuar com uma substância ou recurso para tratar uma dor ou uma doença, é cuidar dos hábitos para se manter o mais saudável possível, e ter um corpo forte e resistente inclusive para receber uma doença, se esse for o caso.
 
Cuidar dos hábitos inclui basicamente a alimentação, não só o que comemos, mas também a procedência dos alimentos, e sob quais condições os ingerimos.
 
A potencialidade dos alimentos tanto como remédios ou veneno é algo que quase todos nós sabemos ou já ouvimos falar. No entanto, o que nem todos sabem é que alguns alimentos ou a mistura deles funcionam como antídotos de outros, ou seja, neutralizam os efeitos negativos de substâncias ou outros alimentos.
 
É importante conhecer os antídotos dos alimentos para manter o corpo e a mente em equilíbrio, além de deixar o sistema imunológico forte e preparado para enfrentar todo tipo de adversidade, desde uma variação climática, até uma situação inesperada física ou emocional.
 
Os antídotos devem ser usados na preparação ou durante a ingestão dos alimentos.
 
Abaixo segue uma lista contendo alguns alimentos, o que produzem no nosso corpo ou como seu consumo reflete no em nosso organismo, e seus respectivos antídotos naturais. Os alimentos e temperos que neutralizam os efeitos negativos destes alimentos.
Também a relação dos alimentos para equilíbrio dos doshas.
 
Queijos (aumentam muco) | Antídoto: pimentas (do reino, chilli, malagueta).
Ovos (ao fogo aumenta Pitta, cru – Kapha) | Antídoto: salsa, coentro, açafrão.
Sorvetes (aumenta muco/causa congestão) | Antídoto: cravo e cardamomo.
Iogurte (aumenta muco/congestão)| Antídoto: cominho, cardamomo e gengibre.
Aveia (aumenta Kapha) | Antídoto: açafrão, semente de cominho, canela,…
Arroz (aumenta kapha) | Antídoto:Cravo e pimenta em grão.
Trigo (aumenta kapha)| Antídoto: Gengibre, pimentas.
Legumes (promovem gases) | Antídoto: cravo, alecrim, pimentas e alho s/ miolo.
Batata (gases/kapha) | Antídoto: ghee com pimenta em grão.
Tomate (aumenta kapha) | Antídoto: limão e cominho.
Abacate (aumenta kapha)| Antídoto: açafrão, limão, alho, pimenta do reino…
Banana (aumenta Pitta e kapha)| Antídoto: cardamomo, canela, hortelã.
Frutas secas (secam, agrava vata)| Antídoto: embebidas em água.
Manga (causa diarréia)| Antídoto: ghee com cardamomo.
Melão (retenção de liquido/kapha)| Antídoto: coco grelhado e coentro.
Melancia (retenção de liquido)| Antídoto: sal com chilli.
Nozes (gases/aumentam Pitta)| Antídoto: embebidas de véspera, ghee.
Manteiga de amendoim (pesado/dor de cabeça/Pitta)| Antídoto: gengibre e cominho.
Sementes (podem agravar Pitta)| Antídoto: embebidas, cozidas ficam + leves.
Chá preto (estimulante/efeito depressivo)| Antídoto: gengibre
Repolho (produz gases)| Antídoto: óleo de girassol e açafrão.
Alho (aumenta Pitta) | Antídoto: coco grelhado e limão
Alface (Produz gases/sonolência) | Antídoto: limão e azeite de oliva.
Cafeína (estimulante/depressivo/dependência) | Antídoto::noz moscada/cardamomo.
Chocolate (estimulante) | Antídoto: cardamomo e cominho.
Doces (aumentam Kapha e congestão de muco) | Antídoto: gengibre
Tabaco (aumenta Pitta/estimulante) | Antídoto: raiz de cálamo.
Álcool (depressivo/estimulante/dependência) | Antídoto: Mastigar cominho ou cardamomo.
Carne Vermelha* (aumenta violência psico-emocional/ indigestão/ agressividade/ apóia ao desmatamento de arvores e florestas) | Antídoto: ir diminuindo o consumo até parar, utilizar muitos condimentos (pimentas/cravo…).
Peixes* (aumenta Pitta) | Antídoto: coco, limão e lima.
Por Lua Flow, 27 de junho de 2016.

Pescoço, como está o seu? O que ele tem a nos dizer sobre as emoções?

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Ultimamente têm sido bem  frequente em minhas  anamneses e conversas com as pessoas, falarmos sobe dores nos ombros e pescoço.

Todos sabemos que as vezes essa dor pode ser de  uma má postura, de um travesseiro ruim ou de um mal jeito.  Mas, o que nem todos sabem,é que o pescoço está relacionado as emoções que ‘carregamos nos ombros’.

À medida que as emoções sobem num fluxo da barriga e do peito e entram no pescoço, a partir desta etapa que elas serão traduzidas por meio dos pensamentos e das palavras, ou seja, ou você irá sentir no peito e essa emoção irá passar pelo pescoço até chegar na cabeça, ou você irá primeiro analisar e depois enviar a mensagem para o resto do corpo passando pelo pescoço. Fato é que o pescoço é um dos principais canais entre o cérebro e o resto do corpo-mente, e está constantemente fazendo a mediação entre sentimentos, sensações, pensamentos, impulsos e reações.

Quando começamos a nos sobrecarregar,  a nos preocupar demais, quando não conseguimos desapegar dos afazeres e das obrigações, os conflitos começam a surgir, a tensão começa a se acumular no pescoço e geralmente a garganta começa a inflamar.

A tensão no pescoço é geralmente relacionada a uma situação em que a pessoa assumiu mais responsabilidade do que confortavelmente e gentilmente poderia assumir com ela mesma ou para com os outros, essa sobrecarga de sensações e experiências reflete numa rigidez, a dor no pescoço. O pior é que se essa rigidez se torna frequente, passamos de uma estado físico para um estado emocional de comportamento, o pescoço que era para ser firme mas flexível, passa a ser firme e rígido, o comportamento se torna duro e inflexível.

O pescoço é responsável pelo fluxo energético de tantos e variados sentimentos, sensações e expressões, e devido ao seu papel mediador emocional, tende assumir a personalidade das forças que estão vivendo em seu interior, mais do que um tipo de expressão ou de uma qualidade em particular.

O pescoço é o caule de sustentação da cabeça, e até a maneira como a sustentamos, se erguida ou caída, têm a ver com nosso estado emocional. Por exemplo, pescoços longos e elegantes refletem atitudes de orgulho, já pescoços curtos e firmes, indicam uma postura agressiva e tensa em relação as exigências da vida.

As dores de garganta são medos retidos de se expressar, o pescoço também é auto-expressão, quando não conseguimos falar o que queremos, quando não conseguimos gritar, colocar para fora as emoções, elas ficaram retidas na garganta.

Segundo Willian Schutz, os músculos da garganta geralmente retém medo de exprimir…A respiração fica contida por uma garganta tensa.

Na yogaterapia, estuda-se também a relação com o Chakra, neste caso o Visshudha Chakra, localizado na garganta, representa a auto-expressão, atua como um canal entre o coração e a mente. É o chakra mais delicado e vulnerável do sistema de energia humano. Como consequência, é o centro mais facilmente desequilibrado pelas pressões emocionais, qualquer tipo de preocupação, tensão ou incerteza emocional, o chakra da garganta poderá facilmente ficar congestionado.

É a partir do Chakra da Garganta que expressamos nossas verdades pessoais. Se engolimos nossos sentimentos, o pescoço e a garganta podem mostrar sinais de uma energia reprimida; podemos ter resfriados, torcicolos e perda de voz.

Torcicolo e tensão geralmente estão relacionadas a raiva reprimida, o ‘nó’ que sentimos na garganta são lágrimas reprimidas, sinal de medo. Pessoas que escondem a verdade frequentemente desenvolvem um pescoço flácido, bem como pessoas de pescoço inchado registram sentimentos não expressados.

No momento em que a energia emocional se volta para sintomas físicos na forma de dor, inflamação ou corrimentos, é um sinal do corpo, um pedido de ajuda, sugere a chegada de um momento de atenção de que as coisas não vão bem.

Deixar de nos expressarmos significa limitar a nossa participação e a nossa alegria de viver. Libere suas emoções, suas angustias e preocupações, não guarde lágrimas e nem acumule raiva, expresse seus sentimentos, se posicione diante da vida, não guarde nada, se for de coração para coração não haverá conflito, o máximo que poderá acontecer é uma discussão. Mas se essa for com serenidade, bom senso e respeito, há de ser compreendida, há de haver uma resolução minimamente saudável.

O melhor que você pode fazer por você mesmo é se apresentar ao mundo como você é em essência, por mais difícil que seja, expor seus sentimentos e emoções, de maneira gentil e coerente será sempre o melhor caminho para liberação das energias, para que nada fique acumulado no seu corpo como uma ‘toxina mental’.

Por Lua Flow, 14 de junho de 2016.

Fonte: Yogaterapia . Elizabeth G. Lopes

 

Imunidade. Fazendo as pazes com a minha.

IMUNE

É muito difícil perceber o momento certo para dar uma pausa quando fazemos o que gostamos, é difícil reconhecer que mesmo quando estamos numa situação que escolhemos, ainda assim podemos estar nos prejudicando. E mais difícil ainda, é assumir que percebemos tudo acontecendo e ignoramos.

Hoje, quero falar um pouquinho da imunidade, ou melhor, do sistema imunológico – Estado de resistência de um organismo em relação a um fator patogênico, ou ainda, um estado de resistência de um organismo em relação a um fator patogênico, com qual ele já entrou em contato.

Todos temos uma noção de quando ele vai bem, mas lembramos mesmo que ele existe, quando  as coisas não vão bem, ou seja, quando começam a surgir as patologias.

O sistema imunológico humano (ou sistema imune, ou ainda imunitário) consiste numa rede de células, tecidos e órgãos que atuam na defesa do organismo contra o ataque de invasores externos. Estes invasores podem ser microrganismos (bactérias, fungos, protozoários ou vírus) ou agentes nocivos, como substâncias tóxicas (ex. veneno de animais peçonhentos). As substâncias estranhas ao corpo são genericamente chamadas de antígeno. Os antígenos são combatidos por substâncias produzidas pelo sistema imune, de natureza proteica, denominadas anticorpos, que reagem de forma específica com os antígenos.

Quando o sistema imune não consegue combater os invasores de forma eficaz, o corpo pode reagir com doenças, infecções ou alergias.

E a relação das emoções com o sistema imunológico? 

Hoje, estou bem gripada, e ainda que tenha influência do clima,  que todos estão num momento bem propensos para isso, não me eximo da responsabilidade de ter contribuido para isso, pois fui mesmo é desatenta! Pois é, apesar do excesso de afazeres desse últimos meses, das poucas horas de sono, de muito frio e uma rotina bem intensa, nada disso justifica o distanciamento do autocuidado, que aliás é o princípio básico para todo o resto funcionar.

O fato é que nem sempre estamos em nosso perfeito equilíbrio, e assim,  acabamos deixando uma coisa ou outra passar. Neste caso, confesso que  andei  ignorando alguns sinais, sabia que deveria me prevenir além do normal, mas não liguei para a imunidade e preferi seguir em frente,  e agora foi ela que recuou e estou tentando recuperá-la.

Lógico que, essa pausa vale também para fazer uma reflexão maior,  sair da ignorância e partir para a compreensão do momento, estudar as emoções por trás de um sistema imunológico.

O estado emocional tem influência sobre o sistema imunológico fazendo com que, este leve mais tempo para entrar em ação, ou demore em reconhecer a enfermidade invasora, ou ainda, sobre a diminuição da fabricação das células que combatem as enfermidades. Esta é a ligação psicossomática (psiquê = mente, soma = corpo). Parece simbólico que o termo “Depressão” não se restrinja ao psíquico e, holisticamente, envolva todo o organismo através da “depressão imunológica”, que significaria a diminuição das funções do Sistema Imunológico.

Outro fato importante para considerar, é que por mais que goste do que faço,  o fato é que o excesso de afazeres geram um estresse físico e emocional, e o estresse como um ‘sistema de segurança da mente e do corpo’  não é algo ruim, é como um ‘botão de alerta’, que irá soar quando as coisas começarem a ‘desandar’  e você precise tomar uma decisão. Mas, se ao seu primeiro sinal o ignorarmos, aí sim, o estresse pode ser o seu maior problema.

“A demanda de tempo para conciliares obrigações familiares e profissionais é”.Um fator de estresse que pode contribuir para o aumento da ansiedade, sentimento de culpa em relação aos filhos e para o aparecimento de uma gama de sintomas, inclusive doenças físicas, aflição psicológica e baixa produtividade. “( Socorro, Lima, Azevedo, Matos, 2007)

Hoje, existem pesquisas que afirmam que a maior incidência de estresse está entre as mulheres.

“Independentemente da razão pelas quais as mulheres estão sendo mais acometidas pelo estresse, esse dado é de grande importância não só para elas, mas também para família e sociedade, em geral. Isto porque pesquisas apontam a relevância da saúde mental da mulher para o bom funcionamento familiar e, considerando-se, que o estresse excessivo causa sensação de desgaste físico constante, irritabilidade, hipersensibilidade, sensação de alienação emocional e dificuldade com a memória compreende-se a importância de concentrar uma atenção especial às medidas preventivas e ao ensino de estratégias de enfrentamento que capacitem as mulheres a lidar melhor com o estresse emocional.

Distúrbios emocionais desempenham papel importante, na ocorrência ou agravamento de sintomas, distinguindo das doenças puramente orgânicas. Porém, elas podem se transformar em doenças crônicas. Tendem a associar-se com outros distúrbios psicossomáticos. Isso pode ocorrer numa família, em diferentes períodos de vida de uma mulher ou de um homem em certos ambientes de trabalho e de lazer que, há grandes diferenças de incidência nos dois sexos e que as mulheres tornam-se mais vulneráveis as doenças e influenciam o seu sistema imune.”

Bem, sendo assim, não vou mais me estender no ‘problema’, vamos falar sobre as soluções!

Como posso reforçar meu sistema imunológico? Como posso fazer as pazes com a minha imunidade?

  1. Beba muita água, sucos e chás: água pura, água aromatizada, só não vale gelada demais! Os sucos, naturais, de preferência fresquinhos e orgânicos. Os chás, pode ser limão, gengibre e chá de anis – excelente para fortalecer o sistema imunológico.
  2. Os alimentos são os melhores remédios: procure ter uma alimentação saudável, que lhe traga energia e vitalidade, deixe de lado as comidas prontas, os enlatados, os embutidos, refrigerantes, leite, café e doces.                                                                         Consuma:  laranja, acerola, kiwi, tomate, limão, melão, mamão, caju e goiaba, couve, espinafre, brócolis, pimentão verde e vermelho, gengibre, cenoura, feijão, lentinha, ervilha, grão de bico, nozes, castanhas, amêndoas, azeite, peixes, alho, cogumelos e iogurte natural.
  3. Carinho no Timo: Timo é a glândula da energia vital, é ela que representa nossa imunidade também nossas emoções mais profundas. Localizada no chakra cardíaco, o timo quando estimulado, ajuda a reforçar nosso sistema imunológico. Como você pode fazer? Massageando com as pontas dos dedos, também dando leves batidinhas ou ainda, abrindo o peito com posturas de yoga. Ex.: Postura do Cobra, Postura do Camelo.
  4. Relaxe: aprender a relaxar de verdade, hoje tem sido um enorme desafio! Experimente, permita-se a não fazer nada, hoje existem inúmeros estudos que comprovam que a resposta ao relaxamento é uma das principais chaves para a cura do estresse e de outras várias patologias.
  5. Afirmações positivas: pensamentos elevados, afirmações positivas, faz bem ao corpo e a alma, emanam e atraem energia boa. Uma baixa no sistema imunológico pode ser uma queda de energia emocional, derivada de maus pensamentos e influências negativas. Esteja atenta!

 

Agora é fazer a lição de casa, com amorosidade e paciência quero fazer as pazes com minha imunidade.

Namastê!

Lua Flow.

Fontes e referências: 

  • http://www.cuidebemdevoce.com/
  • O ESTRESSE, AS EMOÇÕES E O SISTEMA IMUNE DAS MULHERES ECONOMICAMENTE ATIVAS  – Marcia Pereira Santos Imunologia Básica para Educadores Pós graduação Ensino de Biociências e Saúde IOC – Fiocruz /2008

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/o-estresse-as-emocoes-e-o-sistema-imune-das-mulheres-economicamente-ativas/23221/#ixzz4Ax7sOjTX

DESAFIO 15 DIAS, VAMOS LÁ?

Hoje tenho um desafio para lhe propor. Aparentemente, um desafio muito simples e até divertido, mas tem muito propósito por trás.
O objetivo principal é se permitir a tirar um tempo para colocar atenção em algo simples, despretensioso, em algo que lhe desperte a criança interior, em algo que lhe tire da rotina, em algo que lhe proporcione um momento para se conectar com a atenção plena. São 15 dias, 15 coisas para fazer, um ‘desafio’ por dia. Vamos lá? Depois podemos compartilhar a experiência aqui e voltamos a conversar a respeito. Boa sorte!

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Por Lua Flow, 12 de maio de 2016.

O yoga e as emoções

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Toda vez que falamos em yoga, imediatamente algumas respostas mentais surgem de acordo com as nossas crenças, conhecimento, afinidade e interesse.  Creio que a maioria associe o yoga somente às posturas, como uma prática física. No entanto, o que nem todos sabem é que o yoga pode ir muito mais além, que por meio dele podemos ‘trabalhar’ nossas emoções.

Não irei entrar na questão do que é o yoga em si, sua definição, conceito e história, pois independente da sua origem, se você o estuda, pratica ou não ,  o mais importante para este momento é entender que quando estamos atentos aos nossos pensamentos e emoções, quando fizemos escolhas a partir dessa consciência, isso também pode ser um ‘estado’ do yoga.

Emoções todos têm, sejam elas positivas ou negativas, sendo que muitas delas nos aprisionam, nos condicionam, podendo inclusive nos adoecer.

Somos como antenas receptoras e transmissoras de ‘energia’, está sempre em consonância com nossos pensamentos, e estes por sua vez, de acordo com nossos desejos, tendências, valores e limitações.

Estudos revelam que estados mentais em desequilíbrio podem levar o corpo físico adoecer, e que o inverso também é verdadeiro, que reações biológicas podem causam reações nas outras áreas do corpo, tais como: consciência, subconsciência e emoções.

Se as emoções podem ser influenciadas por reações biológicas, é neste ponto que fazemos a conexão com o yoga, tanto como ‘estado de consciência’, como na relação com as posturas – os asanas, e atitudes mentais e comportamentais.

Através da prática da yoga muitas emoções podem surgir em um indivíduo, tanto positivas como negativas, aí temos duas opções, ou podemos tentar escondê-las, ou podemos entender muito mais sobre suas origens e conseqüentemente, entendermos melhor sobre nós mesmos.

Importante também é ressaltar que por mais que se façam as mesmas posturas durante vários dias, o que sentiremos sobre o tapetinho pode ser diferente a cada prática, e esta por sua vez, nunca poderá ser considerada igual.

Alguns dias os asanas serão fáceis, outras vezes não. Isso tudo é o efeito das emoções e nosso estado de espírito. Há ligações entre o desempenho físico e estado emocional.

Se alguém está com medo, os músculos vão contrair e vai ser difícil de executar uma postura, por isso, é muito importante estar atento aos sentimentos do dia, como você ‘chega’ para praticar, uma mente tensa, poderá deixar os músculos mais tensos, ou ainda, ‘afrouxando’ um músculo, podemos ‘afrouxar’ a mente.

O yoga lentamente vai relaxar a tensão acumulada, e conseqüentemente, as emoções que estão por trás dessa tensão.

Cada pessoa internaliza suas experiências e emoções de uma forma diferente, então não podemos dizer que a dor é igual para todos, mas hoje sabemos que algumas doenças e dores possuem algo em comum, alguns padrões de pensamentos e comportamentos.

Por isso, a compaixão por si mesmo creio ser pré-requisito fundamental para levar à sua prática, perceba como está seu estado físico e emocional naquele dia, leve essa consciência para as posturas, independente da ‘evolução’ na mesma, aceite como ela se apresenta, e se organiza naquele momento, sem se apegar, respeitando o seu momento.

Praticar yoga é um tempo para começar a olhar para nós mesmos, não apenas em nossa prática de asanas, mas na vida diária. Estar atento às posturas e a respiração não são o início ou o fim do yoga, e sim o meio de se estar íntegro tanto na prática de yoga como na rotina diária.

Consciência em cada ação, as emoções estão presentes ali em todos os momentos, independente se você está praticando ou não.

O  yoga, os asanas podem ser boas ferramentas para ‘desencapar’ as emoções guardadas, são uma maneira de mover-se dentro do corpo, para conectar o corpo com a mente. ‘Ao liberar e purgar as emoções negativas, você se torna mais focado e feliz.

Yoga nos torna mais abertos, nossa consciência cresce e começamos a perceber muitas coisas. Portanto, emoções começam a se mover e vir para a superfície, por isso, vale a pena estar preparado para recebê-las com todo seu amor, libertando tudo que precisa ser liberto, acalentando o que precisa ser acalentado, transmutando o que precisa ser transmutado, e dessa forma, não deixando que nada se acumule, tanto no corpo físico como no sutil.

Por Lua Flow, 25 de abril de 2016.