Menstruação e Mindfulness? I am this blood. This blood is me.

menstruacao
O que eu aprendi com atenção plena em meu período menstrual?
Mindfulness na menstruação? 
Sim, apesar da palavra Mindfulness ser a queridinha do momento, e sua pratica ser relativamente simples,  ela  é um desafio para muita gente.
Praticar Mindfulness no período menstrual então, pode parecer algo ainda mais distante, e já te digo de ‘ante mão’, que também é algo simples, ou seja, você vai ver que não existem
fórmulas complexas,  mas assim como o Mindfulness, existe um longo caminho entre teoria e a prática, especialmente para quem estiver um pouco ‘desconectada, distraída’ de si mesma.
Não é novidade para nenhuma de nós que o período menstrual é um momento que merece muita atenção, e mais do que isso, que pode ser inclusive um momento tenso, ou uma oportunidade para se conhecer melhor, um momento de autoconhecimento.
Sabemos que nossos ciclos podem ter um Universo de diferenças, onde cada uma de nós guarda pra si suas próprias experiências. Mas, independente do que nos diferencia ou distancia, hoje quero focar no que pode nos aproximar, no que podemos trocar como experiência.
❤ ❤ Vamos falar de atenção plena na menstruação.<3 ❤ 
Sendo assim,  vou começar do momento presente, hoje.
Hoje é um daqueles dias que o sangue veio com tudo, na sua máxima intensidade. E olha só que beleza, até esse momento (segundo dia do ciclo) eu havia sentido apenas que ele estava a caminho por conta de um leve desconforto, um pouco do inchaço, e também por estar um pouco irritada (mas num nível bem fácil de administrar).
Justamente hoje, dia da ‘sangueira’, o que mais senti vontade de fazer por mim foi me libertar de alguma forma, de me desprender, alongar, mexer meu corpo… Pegar um Sol no rosto e ir para perto da natureza….Me senti segura e empoderada.
Parece balela? Mas não é, sou ‘ gente como a gente’, buscando por uma vida mais equilibrada mesmo em meio a situações nem tanto equilibradas assim. Então, justamente hoje, me lembrei que esse não foi o primeiro ciclo que me senti assim e que aliás, faz muitos ciclos que tenho ficado  bem,  que nem lembro mais a última vez que fiquei mal no período menstrual.
Como isso?
Me ‘exercitando’ no simples, trabalhando no simples….Mindfulness….Eis que chega o momento que você passa a ‘ser’ o simples, e não precisa mais nem ao menos pensar sobre, literalmente, consegue seguir o fluxo.
Sem fórmula mágica, deixo aqui um registro do que seria ‘exercitar’ o simples e o que é Mindfulness na Menstruação. O quanto você tem se permitido ao ‘simples’? Quer tentar?
Seguem alguma ‘dicas’:
1. Tenha consciência do seu ciclo: busque fazer um acompanhamento do seu ciclo, não só para saber o dia que começou e terminou, mas se observe desde o início, desde os momentos que os sintomas do período pré menstrual deram seus primeiros sinais. Observe suas variações de humor, suas preferências, o seu ritmo, a intensidade do fluxo, a cor, sua vontade por comer determinados alimentos e as reações físicas, como seu corpo vai reagindo.
Se descobrirmos que o nosso humor piora em relação ao nosso ciclo, podemos conscientemente cuidar dos pensamentos negativos ou crenças que vêm com ele.
Para isso, você pode fazer um diário do seu ciclo, mês a mês, e dessa forma ir percebendo o que se repete todo mês, as tendências e padrões. Ou ainda, contar com alguns aplicativos que auxiliam nesse acompanhamento.
Eu conheço o Clue e o Love Cycles.
2. Trabalhe a empatia em si mesma e no outro: fale com espontaneidade sobre o seu ciclo com o seu parceiro(a) ou quem ‘viverá’ o  ciclo com você. Partindo do pressuposto que você já sabe como o ciclo influencia no seu humor, nas suas emoções e como ele se comporta, ou ainda que não saiba e está na fase de perceber suas reações, permita ao outro (a quem possa valer a pena) de saber a melhor forma de te ajudar nesse momento.Busquem juntos a melhor forma de se comunicarem com base no respeito e no exercício da empatia, para evitar situações comuns como  um se sentindo ‘odiado’ e o outro se sentindo abandonado.
Diga o que você está sentindo.
3. Pratique a atenção plena: quando estamos atentas a como estamos nos sentindo, podemos expressar esses sentimentos de uma forma mais clara, e dessa forma, teremos mais clareza para separar o que é por exemplo, uma irritação proveniente do estágio do meu ciclo, ou o que está de fato me incomodando relacionado a fatores externos.
Por isso, naquele momento em que se sentir extremamente irritada,  triste ou ansiosa demais, esse é o momento para parar….Fechar  os olhos e se concentrar por um minuto na sua respiração.
Após esse minuto (que pode ser de apenas alguns segundos..rss), pare e reflita sobre o que você sente, e faça para si mesma a pergunta: O que estou sentindo agora? Qual a origem desse pensamento ou comportamento negativo?
Dessa forma, você estará mais consciente e, possivelmente, fará melhores escolhas.

Estará sendo honesta e amorosa com você mesma e com os outros, sem estar simplesmente reagindo à sintomas e desconfortos, estará também se relacionando com suas próprias emoções, o que é muito bom, sem tentar escondê-las ou negá-las.

4. E na hora de dormir?

Mais um pouquinho  de atenção plena na respiração, ou melhor ainda, se for confortável para você, fazer uma meditação antes de dormir.

Sentada ou deitada, focada na respiração ou meditando, o ‘remedinho’ é simples (afinal essa é a chave do Mindfulness), tirar o foco da agitação externa e voltar o foco para dentro de si. Muitos estudam comprovam que práticas de meditação atuam diretamente na redução das respostas do estresse, ou seja, que a meditação ajuda na regulação do seu estado físico e emocional, e assim sendo, sintomas como insônia e ansiedade vão se reduzindo na mesma proporção da sua prática. Também uma ‘mente que medita’ tem menos pensamentos vagos, a sua concentração aumenta, e dessa forma você tem um acesso mais rápido ao relaxamento, contribuindo para uma noite bem dormida e aliviando os sintomas de dor e desconforto.

5. Deixe fluir, toque, sinta, mas não prenda!

Quando puder estar deitada, sem interferências externas, tenha um momento para se conectar com o seu fluxo.O toque  e a mentalização juntos tem um poder  mágico, por isso,  coloque suas mãos sobre o baixo ventre, respire fundo, visualize a sua pélvis, o seu ciclo… E como um rio que precisa seguir o seu fluxo, simplesmente o deixe ir, sorria internamente para ele, deixe que ele leve junto todas as  impurezas físicas e emocionais.

Mentalize tudo que você quer que vá embora, imagine seu corpo  liberando  toxinas através do seu fluxo,liberando pensamentos e emoções negativas.

6. Atenção plena na alimentação, muita atenção nessa hora!

Normalmente durante o período menstrual os  alimentos que  queremos comer  são ricos em açúcar, sal, gordura ou carboidratos. Isto não é propriamente um problema, a menos que exagere.

A questão aqui tem mais a ver com o que nos motiva a comer. Se for por uma situação esporádica, por exemplo,  estava em algum lugar e alguém ofereceu uma sobremesa, ou até mesmo passou em frente a um pãozinho quentinho e sentiu vontade de comer, até aí tudo bem. O problema é quando não estamos atentas a que de fato estamos sentindo, e aí simplesmente por uma reação emotiva e impulsiva, recorremos a um alimento específico,  na tentativa ilusória de resolver rapidamente aquela sensação.

O que é uma ilusão, pois a verdade é que além de não resolvermos, corremos o sério risco de adquirir mais um sentimento negativo, agora de culpa e vergonha por ter agido de forma tão impulsiva.

Então, fique atenta a origem da sua fome, independente do período menstrual ou não.

Período Menstrual e o Ayurveda

Retirei do site Abertamente.com,  dicas da Drª. Ananda Ruguê de Faria, de como aliviar os sintomas da TPM através de receitas da medicina ayurvédica, uma excelente forma de você adquirir novos e maravilhosos hábitos para a sua vida, especialmente para esse período. Vamos lá:

  • Para cólicas pré-menstruais ou durante o período menstruais: chás de erva doce com camomila, de funcho ou mentrasto (Ageratum conyzoides – pode ser comprado em lojas de produtos naturais) ajudam bastante se tomados de 2 a 3 vezes no dia. Colocar bolsa de água morna na região de baixo ventre também ajuda a arrefecer as cólicas.
  • Para dores de cabeça, os chás também são recomendados. Uma mistura de chá feito com rodelas de gengibre e camomila pode diminuir esses sintomas
  • Se o que incomoda é o inchaço, torre levemente em uma frigideira, sem nenhuma oleosidade, 1 colher de sopa de sementes de cominho com 1 colher de sopa de sementes de coentro e depois deixe esta mistura ferver por 2 minutos em 200 ml de água. Coe, espere esfriar um pouco e tome 2 vezes ao dia para um efeito diurético moderado.
  • Se os problemas forem de mudanças de humor, irritação, choro fácil ou ansiedade, existem técnicas de relaxamento que podem ajudar. Sente em um local confortável, com postura ereta e faça respirações profundas, procurando acalmar cada vez mais o fluxo respiratório e consequentemente a mente. Fique nesta postura pelo tempo que achar necessário.

‘Técnicas do Yoga como a pratica do mulabandha (contração e relaxamento do esfíncter anal) podem ajudar, já que trazem sensação de estabilidade e “aterramento”. Faça 5 minutos deste exercício, 3 vezes ao dia.

Por ultimo, não encare o período pré-menstrual ou a menstruação como um conjunto de eventos anormais, incômodos e patológicos.

Estes eventos são fisiológicos, naturais e fazem parte de um ciclo natural da mulher. Aproveite o período como uma oportunidade de renovação e de autoconhecimento!!!’

“I am this blood. This blood is me.”

Por Lua Flow, 26 de setembro de 2016.

Imagem: Pinterest

‘Ouvi dizer’ que a meditação é legal, é ‘não pensar’…Mas não é a minha ‘religião’…e ‘não consigo’ ficar parado. Será? Melhor se informar.

meditacao-blog

Antes de falar um pouco sobre a meditação, acho importante ressaltar que resolvi fazer esse texto para tentar simplificar e desmistificar a ideia que a maioria das pessoas tem em relação à meditação. Sendo assim, se você já é um estudioso do assunto, um praticante assíduo, ou até um cientista, talvez esse texto não seja para você, mesmo assim, fica o convite!

Quando falamos sobre meditação com quem desconhece e/ou nunca praticou, já no primeiro momento podemos prever três situações bem comuns, como: uma pré-definição do que seria a meditação, com base no ‘ouvi dizer que’, depois percebe-se um certo receio em querer se informar mais,com medo de  estar ‘aceitando’ uma filosofia ou religião que não lhe pertence. E, por fim,  uma certeza que sua condição física e/ou emocional não lhe permite praticar a meditação, pois não consegue parar quieto, não consegue ‘não pensar’, e que a prática dá muito sono.

Então,vamos por partes, esclarecer cada uma dessas questões, de maneira prática e direta.

  1. ‘Meditação é não pensar’: uma frase bem comum de se escutar a respeito da definição de meditação, por muito tempo, também me apropriei dessa definição, que me parecia bem confortável para significar a meditação. Até começar a estudar e praticar, e então ver que essa definição não chega nem perto do que realmente é como prática, e muito menos como conceito.

Primeiro que, essa condição de não pensar, não existe. Pensar é algo inerente ao ser humano vivo e com saúde. Durante a meditação não é que você não pensa, a questão é que você não se apega aos pensamentos. Obviamente os pensamentos irão chegar e sua mente condicionada irá querer dar consistência , e ainda, junto com eles chegarão os julgamentos, a materialização, as emoções, e inclusive,  outros pensamentos decorrentes desse primeiro, fruto do seu apego, da vontade de querer controlar. Portanto, na meditação você continua pensando, a diferença é que você procura não julgar, não ‘alimentar’ os pensamentos. Da mesma forma que eles chegam (‘do nada’), é preciso soltá-los, não precisa refletir sobre eles. Simplesmente, deixe o ir e vir fluído, até que você não perceba mais essa movimentação mental.

  1. ‘Não é da minha religião’: os primeiros registros sobre meditação são de aproximadamente 4.800 a.C., encontrados nos livros sagrados da Índia, no entanto, não é uma prática de exclusividade da Índia. Estou falando de registros da prática de meditação e não sobre exclusividade ou interdependência da prática com os lugares, crenças e religiões. Inclusive, acredita-se que a meditação é praticada há milhares de anos por diferentes povos, em diferentes culturas e religiões do mundo inteiro, inclusive dentro do Cristianismo e do próprio catolicismo.

Cito isso já que a maioria em nosso país se considera adepto praticante ou não dessas religiões, ou seja, muito embora os primeiros registros sejam indianos, a prática é milenar e difundida em todo mundo, na presença ou ausência de religião.

Como que encontramos a meditação inserida em várias religiões e não se trata de um culto religioso?

Isso mesmo, apesar de fazer parte de algumas práticas religiosas, a meditação é uma prática independente e sólida por ela mesma, pois é uma prática de introspecção, uma prática que te convida a voltar à atenção para dentro de si, para desenvolver o autoconhecimento, para ajudar na compreensão de si mesmo, independente de qualquer crença ou religião. Tirar o foco do externo e se voltar para a o interno.

Portanto, você pode meditar tranqüilo, sem achar que está fazendo alguma prática religiosa, se isso for um impedimento para você.

 

  1. ‘Eu não consigo meditar, sou muito agitado, não consigo ficar parado sem fazer nada!’.

Olha, com toda certeza do mundo, o que eu mais posso afirmar, com meu humilde conhecimento em meditação é que ela ‘serve’ principalmente para as pessoas mais agitadas!

Sempre fui uma pessoa agitada, com muitas tarefas no meu dia a dia, e ainda com uma personalidade que não nunca me permitiu  ter poucos pensamentos na cabeça, a ‘mil por hora’, uma mente extremamente criativa que está sempre pensando em algo para fazer, criar, estudar, trabalhar. E, assim sendo, às vezes sofro com a ansiedade decorrente desses processos.

 

Ainda que pratique yoga há alguns anos, que consiga através do yoga achar um ponto de equilíbrio onde realmente me encontro com minha essência, foi com a meditação que aprendi a realmente ‘aquietar’ a mente, silenciar meus pensamentos, e desfrutar de sensações de profunda calma, sem precisar de um movimento externo, uma prática física ou uma atividade para aliviar as tensões.

Então, meditar serve inclusive para você, que é agitado ou não, uma oportunidade de experimentar o outro lado, o lado do silêncio interno, da calma, da clareza e da lucidez que uma mente agitada não permite.

No começo, mas bem no comecinho mesmo, vai ser um pouco difícil, a ansiedade de querer encontrar o fim, de controlar, de ter um resultado, ter uma experiência fenomenal, irão tomar conta…Mas não desanime, uma semana de tentativas diárias já será o suficiente para começar a experimentar os benefícios da prática.

Por falar em benefício, então vamos enfim para as duas questões mais importantes, o que é meditação e porque você deve praticar.

 

Enfim, o que é meditação?

A meditação é uma prática que através de uma técnica ou do conjunto de técnicas (de respiração, ou de visualização, de canto, de oração, entre outras.), busca treinar a focalização da atenção, ou seja, treinar a estar presente no momento presente.

Aí está o segredo! Você não precisa necessariamente estar meditando para estar focado no momento presente, ou seja, isso lhe dá uma liberdade enorme em relação à meditação, pois você pode estar fazendo uma atividade qualquer e ao mesmo tempo estar experimentando um estado meditativo, de atenção plena.

Mas entenda que existe essa diferença entre a prática de estar focado em algo e a prática da meditação em si. Uma coisa é você se propor a meditar, fazendo uma meditação ‘tradicional’, outra coisa é você entrar num estado meditativo. São situações diferentes, mas que em menor grau, levam a lugares parecidos e proporcionam benefícios comuns.

Existem vários tipos de meditação, uma rápida pesquisa na Internet e você encontrará uma lista bem grande, umas que se assemelham, outras como prática complementar de alguma terapia ou culto, e outras  como protagonistas. É até interessante que você faça essa busca, experimente práticas diferentes e veja qual mais se identifica.

E os benefícios?

São tantos que precisaria de um texto só para explicar os benefícios da meditação. Por isso, sugiro que você se aprofunde um pouco mais  neste assunto, buscando  artigos relacionados.

Para começar, listei aqui alguns destes benefícios, creio que já são motivos mais do que suficientes para começar a meditar hoje!

Inspire-se, mude, faça o novo para ter novos resultados.

  • Diminui qualquer tensão relacionada com a dor, como dores de cabeça, enxaquecas, úlcera,  dores musculares, problemas nas articulações e câncer;
  • Aumenta a produção de serotonina, melhorando o humor e o comportamento.
  • A serotonina é um neurotransmissor importantíssimo para nosso cérebro, é ela que faz a comunicação dos neurônios, responsável inclusive pela regulação do sono, pelos estados de humor e inclusive, pela sensação de saciedade;
  • Melhora e fortalece o sistema nervoso e o sistema imunológico.
  • Retarda o envelhecimento do cérebro;
  • Aumentar a estabilidade emocional;
  • Diminuição da insônia e depressão;
  • Aumento de bem-estar e autoestima;
  • Estímulo da criatividade, inteligência e memória;
  • Desenvolve a intuição e aumenta a sensibilidade;
  • Ganhar mais clareza e paz na mente para fazer escolhas mais assertivas;
  • Aguça a mente através do aumento da concentração e ganho de foco;
  • Proporciona os mesmos benefícios do relaxamento profundo;
  • Regula a pressão sanguínea – muito importante para proteger de problemas cardíacos, entre outros;
  • Reduz o estresse e a ansiedade;

 

“Entre tarefas, em momentos de stress no trabalho, nos estudos, entre amigos e desafetos, em casa, no trânsito, lembre-se apenas de endireitar a coluna e respirar conscientemente. Perceba suas emoções e batimentos cardíacos. Relaxe, sorria. Tudo é passageiro. Aprenda a estar presente no instante e a agir da maneira correta para transformar o que não estiver em equilíbrio. Lembre-se: apenas reagir não transforma.

Monja Coen

 

Como meditar?

De uma maneira  simples, abaixo sugiro um passo a passo  para iniciar a prática de meditação.

Depois de ter iniciado e a experiência de algumas práticas,  você verá que não existe uma fórmula exata, que  pode praticar em qualquer lugar e que os ‘recursos’,são cada vez menos necessários:

 

  1. Encontre um lugar apropriado, de preferência livre de ruídos, agitação e que você possa se sentir seguro;
  2. É importante que você além de estar num lugar apropriado, esteja em condição apropriada para que não passe frio, nem calor, não haja nenhuma fator externo ou climático que provoque qualquer tipo de desconforto. Depois essa exigência vai diminuindo com o tempo, existe uma prática que se faz embaixo da cachoeira, na água fria.
  3. Sente-se numa postura confortável, pode ser até numa cadeira, assim praticavam os egípcios.
  4. Agora você escolhe, ou programa o relógio para após 1, 2 ,3, 5, 10, 30 minutos, despertar, ou medita sincronizado com a duração de uma música.

O importante é se entregar e desapegar, por isso o relógio no início pode ajudar, pois caso contrário você poderá ficar ansioso com o tempo.

  1. Feche seus olhos, apóie as mãos sobre os joelhos ou uma mão sobre a outra em frente ao baixo ventre. Fique com a coluna ereta, o queijo paralelo ao chão, nem empinado pra cima e nem para baixo. O maxilar solto, os dentes não se encostam, a língua está solta na boca ou a ponta da língua tocando o céu da boca. Os lábios podem estar entreabertos. Os olhos fechado, mas sem apertar. Os músculos da face estão relaxados.
  2. Respire fundo e comece, sem pretensão, sem controle, sem julgamento, simplesmente comece, prestando atenção na respiração, no ar que sobe, que entra e no ar que desce, sai….só isso, ou tudo isso.

Uma dica: comece com 5 minutos por dia, durante uma semana, depois na segunda e na terceira semana, tente 10 minutos, depois aumente o tempo gradativamente. Mas,  isso não é uma condição essencial, o mais importante é a qualidade, se quiser ficar nos 5 minutos diários, tudo bem, esse será o seu caminho, com certeza íntegro e coerente com a sua essência.

Boa prática!

 

Ilustração: Blog Ana Oliveira